segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Promessas e Dinheiros



Estamos em período eleitoral, tempo de esbanjamentos e tempo de promessas.

Nestas coisas faço o papel de burro por não entender. Façam-me um esquema, a cores se ajudar.

Pode prometer-se este mundo e o outro, sem haver preocupações sobre se há dinheiro ou não?

Da forma como entendendo que é gerida uma casa de família, não concebo como posso pensar só na despesa e não pensar na receita. Não posso, não devo gastar o que não tenho ou o que gere compromissoes que não possa cumprir.

O Euromilhões não sai a toda a gente e se não houver indícios seguros que a receita pode aumentar, não devo assumir despesa que não posso pagar ou deixá-las para quem vier a seguir.

Aliás, tendo sido responsável pela gestão financeira da Escola Secundária de Seia, vejo que não há muita gente como os professores para zelarem pela rectidão das contas. Claro que o orçamento de uma escola não é o mesmo que o de um Município ou de um Estado. Mas a rectidão é a mesma. Aprendemos cedo que não devemos dar um passo maior que aquilo que a perna permite.

Causa-me uma perplexidade extrema o chorrilho de promessas de todas as forças e candidatos envolvendo o erário público como se este fosse uma vaca com uma capacidade inesgotável de dar leite.

Não é verdade. Há limites.

O crescimento médio anual de Portugal é de 0,8% , nesta década não me permite acreditar nestas políticas de esquecimento de crise quer a deste momento quer a estrutural que só pode ser atribuída aos gestores que nos têm conduzido: governantes, deputados, autarcas, etc.

O povão é que não tem culpa desta crise. Talvez a sua culpa inconsciente é decorrente de não ser capaz de vassourar quem já deu provas de incapacidade ou de incompetência. Talvez seja preferível escolher o desconhecido em vez do conhecido incompetente.

Esta gente não tem a noção prática que o desenvolvimento sustentável não pode comprometer o futuro das gerações vindouras.

Deixo finalmente uma questão para quem saiba responder: uma dívida da ordem de 50 milhões de euros que tipo de margem deixa para outras obras e projectos, num concelho como Seia?

Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses - SEIA



As minhas noções de Economia, para além da doméstica e da que decorre de ser um leitor de livros e de jornais e de páginas de internet, não me permitem tomar o papel de expert, mas também não são assim tão desprezíveis que me afastem da leitura de documentos dessa área.

Por exemplo, correndo o documento Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses relativos a 2007 e fazendo uma pesquisa pela palavra Seia, encontramos várias referências e quase sempre por razões que, julgo eu, não nos orgulha.

  • Na página 81, Seia é referido como o pior município na execução da receita em 2006, lendo-se no mesmo documento que este índice reflecte que "estes níveis de execução da despesa e da receita, normalmente, estão associados à elaboração rigorosa dos orçamentos" o que deixa entender que o orçamento tem tido uma elaboração pouco ou nada rigrosa.
  • Na página 84, é referido o município de Seia em 18º lugar (dos piores) municípios com menor rácio receitas liquidadas/receitas previstas.
  • Na página 105, surge Seia em 29º lugar no ranking do passivo exigível (despesas) com uma dívida ligeiramente superior a 48 milhões de euros! Se pensarmos na dívida por habitante, não seremos 0 29º mas sim o 22º como se pode ver na página 107, com cerca de 1770 euros por habitante.
  • Quando chegamos à página 114, encontramos Seia no 17º posto (dos piores) com menor liquidez, sendo esta negativa de cerca de 15 milhões de euros, o que significa que não são geradas receitas capazes de suprir os encargos de curto prazo.
  • Quando chegamos à página Municípios com maior índice de dívida a fornecedores, Seia está em 26º em cerca de 300 municípios e surge na mesma posição relativa ao maior índice de dívida líquida.
  • Se pensamos que o Anuário se fica por aqui, esqueça, pois em relação ao indicador Municípios com maior índice de endividamento líquido em relação às receitas do ano anterior ficamos por um brilhante 5º lugar.

A questão que se pode pôr é um dilema:

Ter dívidas de acordo com as capacidades do concelho podendo atrofiar o desenvolvimento

ou

Assumir dívida geradora de qualidade de vida ainda que não haja dinheiro para isso e não se vislumbre possibilidades de o vir a ter?

Não é uma resposta fácil.



Portugal em obras – O encanto da construção


Eu não digo nada, quem o diz é o insuspeito Dr. João César das Neves em artigo de opinião no Diário de Notícias sobre o encanto da construção que atravessa Portugal.

Irresponsavelmente, vamos dizendo que devia haver eleições todos os anos.

Seia não escapa a este calendário.







CONTA BANCÁRIA CDU-SEIA

Penso, talvez de um modo lírico, que os partidos e coligações fazem muito trabalho em nome e em favor ou desfavor dos cidadãos. Sejam estes anónimos ou não, que estão na vida de um modo politicamente activo, ou de um modo do deixa andar ou mesmo do absolutamente contra. Bem ou mal, a actividade partidária é uma das formas mais vivas de influenciar as decisões políticas que nos afectam a todos. Ninguém pode dizer que os partidos não o afectam, ainda que possa dizer que se está absolutamente nas tintas para eles ou se ache que são todos iguais.

A CDU Seia vai partir para uma campanha para as eleições autárquicas.

Eu, António Abrantes, como candidato independente, não tinha a noção do que é a escassez de recursos para se fazer uma campanha. Por outro lado, sei agora que as verbas gastas e recebidas têm que ser criteriosamente documentadas.

As contas da campanha serão escrupulosamente apresentadas de modo que se saiba de onde veio o dinheiro e para onde foi o mesmo.

A CDU Seia tem uma conta bancária aberta com uma verba residual que espera ver engrossar com donativos de amigos e simpatizantes.

Deixo também a minha palavra de honra (ainda existe gente em quem se pode confiar na palavra) que no final de campanha serão divulgadas parcela a parcela todas as quantias recebida por esta via.

Por fim, aqui fica a informação do NIB da conta aberta na CGD para onde podem ser efectuadas transferências bancárias dos donativos das pessoas que o entenderem fazer.

CDU - autarquias 2009 - Concelho de Seia

NIB Nº - 0035 2038 00032001230 37


 

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

FESTA CDU – 12 DE SETEMBRO

Se tudo der certo, a CDU vai levar a cabo uma festa no próximo dia 12 de Setembro, na Senhora do Desterro – São Romão.

O objectivo desta festa é lançar a campanha eleitoral para as AUTÁRQUICAS DO CONCELHO DE SEIA 2009.

Toda a gente está convidada, mas deve haver inscrições para o efeito para haver uma organização conveniente.

Será a um Sábado e provavelmente algumas pessoas não poderão estar. O mesmo sucederia se fosse marcada para um Domingo.

O toque para a reunião será dado pelas 15 horas.

Da ementa fazem parte intervenções políticas, muito curtas, de vários intervenientes, umas sardinhas e umas carnes, entre outras coisas.

Infelizmente, a festa será a pagar. A CDU não tem dinheiro. Pagar será uma forma de participação. Borlas não é connosco, embora casos muito excepcionais possam ser considerados.

A organização ficará a cargo dos candidatos de São Romão com o apoio de todos.

Solicita-se a mobilização dos membros das listas para as assembleias de freguesia no sentido de estarem presentes, convidarem outras pessoas e marcarem na sua agenda este evento,

Oportunamente serão divulgados os contactos ou locais de inscrições e mais detalhes da organização.

Parece ser uma boa forma de organização haver inscrições por localidade e organizar os transportes localmente. (É uma medida a favor do ambiente usar o menor número de carros). Por exemplo, alguém da lista de Vila Cova dará a informação do número de pessoas inscritas, comunicará atempadamente esse número e pensará na organização de transportes.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Legislativas – um tempo perdido?

(Publicada a 18 de Agosto)

São conhecidos os candidatos a deputados ao Parlamento e às autarquias pelas diferentes formações políticas, cuja eleição decorrerão a 27 de Setembro e a 11 de Outubro próximos.

Apesar de candidato à autarquia de Seia, a atenção e preocupação devem estar concentradas nas legislativas. Aqui se vai desenvolver um confronto de desfecho obscuro e de instabilidade, independentemente da força que vier a ser mais votada n as eleições. Caso seja o PSD, como vai governar? Caso seja o PS, como vai governar? Os títeres que neste momento conduzem estes partidos não agoiram nada de claro. Manuel Ferreira Sócrates não terá as condições que José Sócrates Leite teve nem Sócrates II terá as condições que Sócrates I teve. As coligações, pré ou pós-eleitorais, não são nem expectáveis nem duradouras, caso venham a ocorrer.

O problema do PS chama-se principalmente José Sócrates. Não havendo maioria absoluta, do que menos se precisa é de uma liderança arrogante e autista. Sócrates pode ser o melhor primeiro-ministro do planeta, mas já deu para perceber que os portugueses não o aceitam, pelo menos não lhe reconhecem o papel de líder. Para além de demasiadas suspeições (Freeport e processo das habilitações académicas), a dureza, a rigidez, a prepotência e o narcisismo tornam-no num indesejado primeiro-ministro. Com um currículo político deste jaez, não é fácil acreditar que ele possa ser mobilizador de consensos. É claro que o PS não se esgota em Sócrates, mas parece que para além dele apenas existe o nada. Não é verdade. Há cinco anos atrás, quando Sócrates se degladiava com Santana Lopes na TV, alguém dizia que estava ali o futuro primeiro-ministro? O PS democrático encontrará novas lideranças. Este melão, que até prometia, rapidamente se tornou azedo e intragável. Não há insubstituíveis e é uma calamidade pensar que os há.

O problema do PSD é a inveja de não ter conseguido, enquanto governo, tomar medidas como algumas que Sócrates veio a tomar. As políticas, aparte alguns arrufos eleitorais como grandes obras, avaliação de professores, justiça, segurança social e outras, são as mesmas de Sócrates. Para corporizar essa semelhança, ressuscitaram Manuela Ferreira Leite que não se importaria de ter o apelido político Sócrates. Quem se lembra da senhora como ministra da educação e dos desempenhos na área do orçamento e finanças compreende facilmente estas parecenças. Não só políticas, mas também da arrogância. Veja-se a forma recente de impor às suas tropas arguidos como António Preto e Helena Lopes da Costa e afastar quem não pensa como ela.

  1. Ninguém acredita que haja um partido de maioria absoluta e poucos o desejam depois de verem Cavaco e Sócrates desperdiçando grandes oportunidades e degenerando em autoritarismos inaceitáveis.
  2. A aritmética dos lugares no parlamento faz maiorias, mas as disponibilidades políticas não fazem maiorias, nem à direita nem à esquerda. Este PS de José Sócrates não está em condições de fazer pontes para o Bloco de Esquerda e/ou para a CDU. A direita não chegará sequer à aritmética da possível maioria. O CDS bem estica o pescoço para ganhar algum apoio ou no PS ou no PSD, mas dificilmente sairá da 5ª posição europeia.
  3. O Bloco Central não é solução nem se deseja que o seja. Com estas lideranças, o bloco central é altamente improvável. Mas afinal, qual a projecção que os partidos do Bloco Central trouxeram a este País, nestas décadas de governos de centro? Criatividade, precisa-se.
  4. Em Outubro, veremos como o Presidente Cavaco Silva joga a bola. Ele sabe que vai ter esse desafio, essa arbitragem. Por isso, já está com os receios da espionagem política que o governo do PS está pretensamente a fazer junto dos seus assessores.
  5. O mais provável é que em 2011 estejamos outra vez em eleições com outros figurantes. Serão estas eleições um tempo perdido em termos de governação?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mário Crespo - Opinião






Ao pedir a um cunhado médico que lhe engessasse o braço antes de uma prova judicial de caligrafia que o poderia incriminar, António Preto mostrou ter um nervo raro. Com este impressionante número, Preto definiu-se como homem e como político.
(Continue a leitura em Jornal de Notícias

Ambiente – Reabilitação Urbana - Emprego

Há dias, em visita à Junta de uma das maiores freguesias do Concelho, perguntei se existia algum mapeamento ou inventário das casas abandonadas, criando lixo ambiental, na malha urbana da localidade e ainda a identificação de propriedade. Foi-me dito que não.

Há dias, na apresentação do programa Finicia, no CISE - SEIA, o empreendedor que é o rosto do projecto das Casas da Lapa (dos Dinheiros) chamava à atenção para a menos-valia que umas casas abandonadas ali bem perto das meninas dos seus olhos, representavam.

O Concelho de Seia, bem na linha do que acontece por todo o País, não precisa de novas construções de habitação.

A reabilitação urbana deve ser assumida como um PILAR de governação e da economia regional. Pode e deve ser encarada por diversos pontos de vista que se podem enumerar:

  • É uma exigência da qualidade ambiental que se deseja;
  • É um meio de combater o núcleo dos grandes negócios menos claros da construção de habitação e da especulação imobiliária
  • Tem um efeito multiplicador nas áreas do emprego e na redução de custos da habitação e na reactivação do mercado do arrendamento.

Quem percorre cidades por esse mundo fora rapidamente se dá conta que não abundam as construções novas na habitação ou escritórios ou serviços, sendo clara a aposta na recuperação e na modernização de edifícios.

Quem percorre as aldeias, as vilas e cidades portuguesas depara, com frequência superior ao desejado, com casas a cair aos bocados ou abandonados sendo abrigo de ratos ou centro de actividades degradantes.

A legislação está a mudar. Ainda ontem foi conhecida a posição do Tribunal Constitucional se pronunciou pela constitucionalidade e da nova lei que regulamenta a reabilitação urbana. Há benefícios fiscais significativos. Faltam apenas engenho, sabedoria e dinheiro para levantar um projecto envolvente e globalizante para o concelho e para cada uma das localidades.

A Reabilitação Urbana é um caminho para a recuperação da alma do cidadão. Sem dúvida uma área nuclear de intervenção das autarquias, das empresas, dos criadores e dos criativos. Uma reincarnação, um back to basis com evidentes reflexos no futuro.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O regresso aos rios do concelho de Seia


É um lugar-comum apresentar a defesa do ambiente como uma bandeira política. Fica bem.

Os rios e ribeiros criaram ambientes propícios à fixação de populações. Muitos de nós ainda se lembra do chamamento que os nossos rios exerciam sobre as pessoas. Lembro-me dos banhos em águas limpas, dos piqueniques, das pescarias. Os rios aproximavam as pessoas. Era o que restava para quem não existiam os algarves. Lembro-me dos moleiros e dos moinhos da minha terra e do pão bom que a minha mãe cozia. O rio que alimenta uma enorme levada de regadio, o rio que permitiu o crescimento de indústrias de forte emprego. Como eu, nostalgicamente, recordo o rio da minha vida, outros recordarão os seus.

A natureza brindou-nos aqui na Serra com uma dádiva, com uma rede de cursos de água que quase servem, actualmente, apenas para nos levarem a porcaria de casa para fora, para momentos depois suscitarem a raiva do outro cidadão que vê a jusante toneladas de esterco, boiando onde antes se viam trutas a saltar ou bogas a rebolar ou tapando o nariz para impedir a iinvasão de nauseabundos cheiros, mesmo que digam que há uma etar.

Um projecto muito sinalizado tem sido as Aldeias do Xisto. Por que não um projecto das Terras de Rio?

Ainda que de modo ligeiro, veja-se como se pode guindar a um projecto economicamente viável e estruturante.

Vários termos tem esta equação:

  • A necessidade indiscutível e inadiável de limpar os rios e ribeiros nas suas margens, no seu leito, nas suas águas, na sua alma;
  • Sem rios vivos, não há ambiente equilibrado;
  • Há muito desemprego nesta região. Há muito subsídio sem qualquer retorno;
  • Os trabalhos exigem trabalho técnico e científico a par de trabalho indiferenciado, exigente ano após ano. Este trabalho nunca estará acabado.
  • Os rios favorecem actividade económica, para além das mais valias geradas ao nível do bem-estar;
  • Há fundos destinados a projectos desta natureza.
  • Os rios e as pessoas têm uma ligação umbilical e estes projectos são mobilizadores.

A equação, bem formulada e bem resolvida, desencadeia mais-valias assinaláveis em termos ambientais, de empregabilidade, de turismo, de economia e de saúde.

Há que gizar projectos abrangentes. O ambiente tem destas coisas. Obriga as pessoas e as instituições a cooperarem. Como pode Sandomil estar bem com o seu rio se Vila Cova estiver mal? Oliveira do Hospital não desejará que Seia seja o melhor concelho em termos ambientais? Seia tem a obrigação histórica de cuidar dos seus rios por mais discretos que eles sejam.

Seia tem algumas condições estratégicas para o desenvolvimento da economia ambiental. Tem também muita descoordenação. Vemos uma fachada fantástica como o CISE que poderia ser valorizado com novas valências de coordenação, temos organizações como a URZE, há o Parque Natural da Serra da Estrela, há evidentes preocupações ambientais em múltiplos blogues. Há o primeiro elemento do Projecto – o PROBLEMA.

O Ambiente deve ser elevado à categoria de PILAR de gestão autárquica, mobilizador da participação cívica e popular e enquadrado técnica e cientificamente por quem sabe. Eu não sei, mas acho que existe quem sabe. Sabemos que existe quem sabe. É só uma questão de se querer ouvir e perguntar.

O que eu quero para o meu concelho

Quando conversamos com pessoas de área e camisa política diferentes, muitas das vezes não vemos essas diferenças reflectidas em posições muito diferenciadas. Trocamos pontos de vista com gentes do CDS ou do PSD ou de outra família e não notamos maiores diferenças do que aquelas que se observam quando duas pessoas da mesma área reflectem sobre as causas e as coisas.

Quer isto dizer que, com alta probabilidade, encontraremos intersecções significativas entre candidatos às Câmaras Municipais ou Freguesias ou entre candidatos a Deputados. Em termos nacionais, com frequência vemos o líder A roído de inveja por a medida entretanto assumida por B não lhe ter ocorrido. Subscreve-a. Pode não o dizer claramente, mas lá por dentro, concorda mesmo. O resto é inveja e pena.

Para o meu concelho, certamente gostarei de subscrever algumas das medidas que irão surgir vindas das candidaturas do PS e da coligação PPD/PSD/CDS/PP.

Como não gosto de andar atrás de ninguém, aqui deixo os chavões das características que eu gostaria que fossem os definidores do Concelho de Seia. Acho que toda a gente vai concordar. Como dizia Oscar Wilde, a utopia é factor de progresso.

Com a minha candidatura gostaria de contribuir com liderança para a construção de

  • um concelho de pessoas,
  • um concelho criativo,
  • um concelho próspero,
  • um concelho de conhecimento,
  • um eco-concelho,
  • um concelho ligado.

Espero ter imaginação e sabedoria para concretizar estas ideias. Tenho a certeza que havendo forte cidadania por parte de todos, será possível decidir caminhos que nos conduzam em direcção a estes desejos.

A designação deste blogue "Um novo olhar sobre Seia" deveria com mais verdade chamar-se "Um novo olhar sobre o Concelho de Seia". Apenas a intenção de uma mensagem mais curta levou à supressão da palavra Concelho. Sendo eu um munícipe que sempre me senti mais cidadão que senense, não poderia pensar de outro modo. A cidade de Seia só terá a beneficiar com um concelho em que todos os vizinhos se sintam bem,com qualidade de vida e em harmonia com o mundo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Os grandes chefes

6 de Agosto de 2009 – aniversário do lançamento das primeiras bombas atómicas.Hiroshime e Nagasaki.


 

A Dr.ª Manuela Leite põs e dispõs na construção das listas a apresentar a sufrágio nas legislativas no seu partido, no PSD, o da chaminé para alguns. Dois vectores essenciais transpareceram, durante a aprovação das listas. O primeiro, quem não é por mim, é contra mim e daí vai afastar os adversários intestinos, como o Dr. Passos Coelho. O segundo, põs e dispõs da Ética como se fosse uma suculenta melancia em dia de Verão. Quando o arguido é do contra, nunca poderá ser candidato ao que quer que seja. Quando o arguido é a favor, Deus é grande. Esse arguido dará certamente um excelente deputado. Com esses, os políticos vão olhar pelos Portugueses. Estamos bem entregues, durmam descansados. Ainda que não seja este o tempo de discutir este assunto. Uma suspensão de alguma coisa…da Democracia? Da Justiça? Da Ética? Da Vergonha?

O Eng. José Sócrates, no seu partido, põs e dispõs dos Assises que por aí abundam. Não são arguidos, mas são Assis, sim, aqueles que dão Assis…tência aos pobres coitados do Interior. Como eles não se sabem governar, tomem lá Assis.

Onde está a participação das pessoas, sobretudo daquelas que estão longe das esferas de decisão? Será deste modo que se pretende recapitalizar a sociedade com a cidadania?

É esta a concepção que estes grandes chefes têm do seu povo, dos seus carneirinhos?

Estas lideranças estão a pedir que nos assumamos com toda a nossa energia e vontade numa rebelião continuada contra estes modos de fazer política.

Estes dois chefes merecem o meu incómodo…contra a forma como eles têm desenhado o conceito de Democracia, lembro, Demo+Cracia, Povo+Poder. Não é o mesmo que Ferreiracracia nem Socratescracia. Democracia.

A esquerda necessita de um sobressalto. As pessoas de boa vontade têm que estar sobressaltadas. Não se sentem incomodados pelo nível dos valores dos putativos chefes do próximo governo, dos líderes dos partidos que têm mais votos?..Sim. eu digo sim, estou incomodado. Quero avançar com segurança, sim eu quero, avançar com a segurança que resulta da participação das pessoas, nas boas e nas más decisões.