quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Entrevista ao Porta da Estrela

Leia a entrevista ao Porta da Estrela, mas volte e leia e comente.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Agenda do Dia

Quarta-feira, 30 de Setembro, a CDU promove acções de campanha em Seia a partir das 10 horas.

Se quiser participar e conversar com os candidatos da CDU, compareça nas proximidades do edifício dos CTT.

Hoje, dia 29, houve debate na Antena 1

Os três candidatos estiveram hoje no CISE,
Pode ouvir aqui 


(Observação; para ouvir da Antena 1 tem que se segui o link acima e procurar em Arquivo na data de 29/09)

Das legislativas às autárquicas

No distrito da Guarda, praticamente desde que há 4 lugares em disputa para a Assembleia da República, o resultado tem sido um empate: PS - 2 deputados PSD -2 deputados.
Concelho de Seia, na Câmara Municipal,  x vereadroes do PS, y vereadores do PSD/CDS com x+y=7.

Ora, anda por aí um magote muito significativo de eleitores que, apesar deste fatalismo continuam teimosamente a votar  CDU, BE, PCTP-MRPP, POUS e outras siglas.  Gostam de votar no cavalo que perde.Não têm amor à vitória, o prazer de ter um dia de exultação de vitória. São uns perdedores natos.
Eu também sou um desses teimosos.
Nas legislativas de domingo passado, estes teimosos tiveram a sua vitória. De certo modo, todos contribuímos para que nenhum partido tivesse maioria absoluta e estamos hoje convivendo bem com esse facto.
No próximo dia 11 de Outubro, aqui, na nossa terra, no nosso concelho, seja em Vasco Esteves ou no Chaveiral ou em Seia, temos um desafio semelhante, Contribuir para que nenhum partido tenha a maioria absoluta. É a possibilidade aberta pelo facto de haver três candidaturas.A maioria absoluta de um partido não é uma inevitabilidade.
Admitindo que a candidatura CDU merece o apoio dos teimosos eleitores do BE e caso os outros partidos tenham um desempenho semelhante ao das legislativas, eo um simulador do método de Hondt antecipa a distribuição de vereadores 3-3-1. Este 1 pode vir a ter um peso muito valioso.
A bola está do nosso lado. Não sei se é por ser do clube que sou, mas luto sempre pela vitória, ainda que a derrota não me meta medo. Voando com os pés assentes na terra...

E se nos (re)coligássemos por uma causa?

No nosso concelho, os resultados obtidos nas eleições do passado domingo pelas forças que nunca aqui tiveram voz, dilataram a esperança de colocar um vereador na Câmara de Seia. Não é mais um vereador. É a singularidade, a diferença, a novidade, a consciência crítica, a VOZ.

É uma enorme oportunidade que os descontentes com o situacionismo no concelho, com a dança de cadeiras entre PS e PSD, não devem perder. Os votos na CDU, no Bloco de Esquerda e noutras pequenas forças, todos juntos, podem retirar um lugar aos partidos que sempre governaram, sem verdadeira oposição, os destinos do concelho.

Dentro de quinze dias, os senenses que votaram, criticamente, contra os "vencedores do costume", têm na mão a possibilidade de colocar na câmara a voz da diferença. Ainda que a candidatura institucional esteja ligada à CDU, a condição de independente do candidato leva-me a apelar à concentração de todos aqueles que, através do seus votos, afirmaram de forma inequívoca que não se revêem nos partidos da rotatividade e dos interesses.

A oportunidade de fazer ouvir a voz das minorias e dos descontentes é única. Há três candidaturas a votos. O que eu peço a todos os que colocaram a "cruzinha" fora do quadrado correspondente aos "vencedores do costume" é uma repetição da vontade que manifestaram nas recentes eleições legislativas, agora na única candidatura que, indo a votos, nunca esteve comprometida com a roda do poder no concelho.

E se todos os que não votámos CDS/PSD/PS, escancarássemos esta janela de oportunidade e nos intrometêssemos na "Senhora Câmara"? Não acham que seria interessante?


 

(Um leitor apoiante da candidatura CDU à Câmara Municipal de Seia)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Seia – Um concelho ligado


A ligação entre as populações do concelho exige boas estradas. Tem sido eleitoralista a forma como a Câmara tem tratado das estradas de ligação. Veja-se Catraia-São Romão e  Seia-Santa Marinha. Salve-se a redução da distância tempo da ligação Seia-Vide e deixe-se a dúvida para as obras de regime da variante a a ligação Portela de Arão-Lagoa Comprida. As estradas de ligação em bom estado têm que ser uma preocupação permanente. A execução de obras revela, muitas vezes, incompetência de planificação e de trabalho descoordenado entre as empresas prestadoras de serviços que estão no terreno de obra.
As prometidas estradas que ligam Seia ao resto de País que tanto voto têm dado e parece que há quem espere que vá continuar a dar têm que fazer parte das preocupações do concelho, dos seus autarcas e dos seus munícipes, alimentando as forças de pressão sobre o poder central.
Nota-se ainda algum desencontro de posições não só entre forças dentro do concelho como entre autarquias da região. O governo aprovou recentemente um despacho em que pede à Estradas de Portugal que prepare o lançamento do concurso à concessão da Serra da Estrela.
Há outras vias que devem ser trazidas para a prática diária. As novas tecnologias devem estar acessíveis a todas as pessoas e deve ser um meio para a aproximação entre cidadãos e entre cidadãos , o poder e o mundo.
Todas as localidades devem ter acesso público à Internet, devendo as autarquias apoiar as iniciativas de formação e procurando o enquadramento no Plano Tecnológico do País.
Há diversas aplicações que ficarão assim disponíveis, sendo desejável o desenvolvimento de plataformas digitais de utilização comum de âmbito regional.
Cabem ainda no conceito de concelho ligado os rios. Estes podem ser vias de ligação cultural e de lazer, abrigagando projectos tecnica e cientificamente coordenados pelas entidades competentes, podendo ser uma interessante oportunidade de emprego local.
Os caminhos quer agrícolas, quer florestais, quer de roteiro histórico e outros devem estar sempre em boas condições de utilização, mantendo a genuinidade dos  mesmos.
Os serviços técnicos da Câmara e o CISE têm certamente conhecimento e competência para operacionalizar projectos nesta área, a par de outras estruturas de opinião que felizmente existem.

Voto útil na Guarda



O distrito da Guarda elege 4 deputados ao Parlamento. A história ensina-nos duas coisas. Primeiro, em aritmética tem sido sempre 2 a 2. PS e PSD elegem dois deputados cada. Em segundo, nunca ninguém nos provou a importância destes deputados para além de votar com a orientação da direcção parlamentar.


Quem apela ao voto útil, isto é, quem do PS ou do PSD pede o voto útil pede o voto a quem não vota naqueles partidos que vote nas suas cores.


Nesta perspectiva, não seria mais útil ficar em casa e deixar a contenda apenas aos eleitores decididos a votar nesses partidos. Qual a utilidade de alguém se colocar ao lado daquilo que se acha o mal menor, quando pode expressar-se pela posição que acha mais correcta? Para este peditório eu não dou.


Esta ideia de utilidade poderia ainda ser traduzida pela não existência de eleições legislativas no distrito. Se é para dar sempre este resultado, não vale a pena haver votação. Podemos concluir que os partidos da (in)utilidade querem avaliar em que ano podem pugnar pelo 3 a 1.


Isto é pretender que as outras forças desapareçam do mapa regional.


As pessoas devem votar. Votar de acordo com a sua consciência e com a sua inteligência na força política da qual mais se aproxima a sua linha de pensamento. Só assim cada partido poderá ter uma imagem e uma referência da sua força na região e persiga a possibilidade de vir a eleger um deputado. Acho bem que Portas queira eleger um deputado pela Guarda, que Louçã e Jerónimo queiram o mesmo.


O voto só é útil se for dirigido para a força onde melhor se revê ou em branco para expressar a sua não escolha ou o voto nulo exprimindo que não se revê em nenhuma das forças que se apresenta.


Eu voto útil. Eu voto na força da qual mais me aproximo. De entre os dois grandes partidos na expressão eleitoral, do que estou menos afastado é do PS. Alguém é capaz de me explicar a utilidade para ajudar Assis a ir para o Parlamento? Votarei noutro lado. É a utilidade do meu voto.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Seia, um concelho verde (P4)

As aldeias e vilas e os seus rios:

Seia tem cursos de água muito significativos que desde sempre atraíram as populações para as suas margens em busca da agricultura, de alguma pesca, para não falar de tempos muito recuados em que até o ouro do Alva era conhecido de Roma.

Hoje os rios estão abandonados à sua sorte e aos lixos que nós impavidamente continuamos a produzir e a não tratar. Há ETAR's de mau funcionamento.

Os rios necessitam da nossa atenção e têm um valor económico muito significativo em termos de emprego de limpeza e conservação, técnico e turismo. Por si só, merecem um esforço económico que terá rápido retorno.

Energias Renováveis

As autarquias não se têm revelado como exemplo na promoção das energias renováveis, Não existem projectos nesta área. Há preocupação com o passado da energia, com o Museu da Electricidade, com os aniversários da EHSE, mas não se vê futuro. Como exemplo do esquecimento, o restauro do edifício da Câmara Municipal podia ter incorporado algum sistema de microgeração e as escolas de maior dimensão poderiam ter sido equipadas com painéis solares. Mesmo que não fosse economicamente rentável, ficaria a atitude pedagógica relativa ao ambiente.

Os grandes projectos eólicos passam todos ao lado de Seia. Embora este projectos não tenham grandes impactos no emprego, contribuem para a redução da pegada ecológica do concelho.

Agricultura Urbana na cidade de Seia – Constituição de uma rede de produtores com publicitação de excedentes e eventual troca ou venda de produtos.

Seia tem algumas estruturas de análise que podem contribuir decisivamente para a construção de um concelho verde. Há o PNSE, o CISE, URZE, ACASE, etc. que podem ajudar a encontrar o caminho. Há que dar importância que estas e outras associações sem pruridos de superioridade. O ambiente é cada vez uma zona de síntese onde a economia, a sociologia e a ciência se cruzam.

Resposta a um forista PE

No Porta de Estrela online, um forista (Indecisos…) deixou uma bateria de questões deixadas ao candidato do PS. Ooutros estão à espera da resposta e outros ainda pedem as respostas aos outros candidatos.

Considero um exercício importante o fazer perguntas e também o dar respostas. Claro que não estou em condições de responder a todas elas, mas deixarei aqui as minhas posições de principio acercas de algumas delas.

  1. O Mandato será para cumprir?
  2. O que acha da atribuição de incentivos fiscais à Fixação de Empresas no Concelho, e que Áreas de negócio devem ser apoiadas?
    O que pretende fazer para implementar uma verdadeira política de Turismo no nosso Concelho?
  3. a sua Política relativa ao Apoio ao Associativismo no concelho, e em que moldes apoiará as nossas associações?
  4. Câmara Municipal continuará a ser a gestora da distribuição da água do Município e se a vai aumentar e quanto?

A forma articulada como o forista elenca as suas questões, faz crer que ele próprio deve ter uma opinião sobre a verdadeira política de Turismo. A minha posição sobre este assunto é a de um não especialista, mas sinto coisas que devem acontecer e coisas que não devem acontecer. Não desejo um turismo de massas, uma algarvização da Serra da Estrela, ainda que isso fosse economicamente tentador. Essa opção pode gerar um ritmo de destruição proporcional aos fluxos de utilizadores. Não alinho, portanto, nas grandes unidades hoteleiras. Penso que o POPNSE recentemente aprovado indica direcções que são correctas, não por serem lei, mas por suportarem a sustentabilidade.

Quanto aos benefícios fiscais à fixação de empresas, uma questão de princípio é que é fundamental a procura de empresas em aéreas que promovam o regresso dos nossos jovens que procuraram outras terras para prosseguir a sua formação. Não esperamos que um engenheiro informático regresse para uma linha de sapatos ou de confecção ou para um call-center. As grandes empresas que se instalam só por uma questão de baixos preços de mão de obra não merecem ser acarinhadas por conforme vêm também vão.

As associações são peças do DNA de qualquer comunidade. Os apoios devem ser os adequados ao seu papel. Não podem ser sorvedouros de recursos, com apoios cegos e na base de tratamento igualitário. As associações talvez devam ser classificadas criterialmente. Por exemplo, se uma associação desportiva faz formação deve merecer mais apoios do que aquelas que se dedicam apenas a representação. Uma associação que queira dedicar-se a interesses de inovação deve merecer mais apoios do que as convencionais. Em qualquer caso, deve haver evidências de desempenho.

A questão das águas para mim não é uma questão clara e é evidente que os actuais autarcas saberão que águas estamos a beber. A minha posição é de militância a favor de serviços públicos fundamentais não serem privatizados nem privatizáveis. O desenho que se está a esboçar em relação às águas de Seia e de outros concelhos configura uma golpada sobre o bem público. A água é um dos bens que em breve se tornarão mais escassos e prepara-se o ataque dos privados sobre o seu controle. As Águas de Portugal, onde se pretende integrar as Água do Zêzere e Côa, estão a prepara-se para a privatização e o nosso petróleo prepara-se para passar para mãos privadas. A gestão das Águas passará a governar mais uma centena daqueles gestores de alto gabarito como os que nos conduziram para a crise que vivemos. O Estado não é fatalmente um mau gestor. Prepara-se a criação de uma GALP privada para as águas. Depois o preço da água será o mesmo regabofe que se assiste em torno dos combustíveis. Quanto aos preços actuais, só o candidato do PS pode dizer se a Câmara continua a ter alguma força na definição dos preços. A água é um dos nossos petróleos. Ela é uma da razões que me levam a pensar que a transparência, a participação das pessoas e autarcas que oiçam e que respeitam o eleitor são essenciais para nos protegermos e não permitirmos que alguém faça o papel de útil inocente. Quando as coisas se decidem por menos de meia-dúzia de pessoas, vale tudo. O mexilhão pagará a factura.

Sem ter dados para subscrever, adianto que várias vozes falam na possibilidade de o nosso futuro ex-Presidente se preparar para um lugar na Administração, numa analogia ao que se passa com um ex-dirigente socialista na direcção de uma grande empresa de construção.

6. Acha aceitável que um PDM possa levar a que se afastem pessoas da mesma família?
7
. Acha transparente o processo de elaboração do PDM de Seia?


Os PDM´s são campos onde se jogou muita corrupção. Alterações de PDM são oportunidades de negócios. Maria José Morgado referia-o como o campo onde se misturavam autarquias futebol e construtoras. E não era por bons motivos. Os PDM´s eram mesmo o bolo a repartir. Não se infira destas palavras que eu queira afirmar que em Seia isto se passou, mas também não digo que não se passou. Não sei.

8. Será que sabe ouvir os mais experientes?

O autismo é próprio de certo tipo de políticos.


9
. Como fará a fixação dos jovens a Seia?

Nenhum autarca pode prometer essa fixação. Todos o desejam. Se se conseguir criar emprego /empresas de formação elevada os jovens ficarão ou regressarão. Os jovens também não podem estar à espera que lhes sirvam o banquete. O ensino em Portugal privilegia a formação de bons empregados e para isso cria um sistema de competição individual. Outra forma de encarar a formação é através da colaboração e cooperação de jovens que procurem avançar com projectos visando a criação do seu próprio negócio. Aí a cooperação entre pessoas gera empreendedorismo que a competição dificilmente gera. É dos livros.

10. Dará mais importância a festas, feiras e festinhas que a obras na cidade?

11. Porque não são apresentadas contas relativamente a realização da Fiagris?

Acho pertinente esta associação. Não sou um amante da Fiagris. É uma fórmula que acredito que já tenha dado evidências da sua baixa relação custos/benefícios e apenas é oportunidade de passar tempo ao som de uns concertos. Parece que sem Fiagris não seria possível ter concertos de qualidade em Seia. Não é verdade. Concertos de qualidade não necessitam ser de borla. Se não têm qualidade, passamos bem sem eles.

Talvez haja lugar para eventos de menor grandiosidade e de maior alcance. Vemos, por muitos sítios, eventos de rua que mesclam cultura (teatro, música, dança,) com gastronomia e enologia, artesanato, etc. que podem suscitar a adesão das pessoas por vontade e não por uma demonstração de poder económico (!) da autarquia.

12. Que opinião tem sobre o destino a dar as escolas desactivadas nomeadamente em Seia?

A ideia de vender parece-me a saída de quem tem que vender os dedos para pagar dívidas. Será para tapar um fragmento da dívida ou para alimentar mais a especulação? Certamente aparecerão ideias para a ocupação. Há dois anos, num projecto apresentado por alunos da Escola Secundária surgiu a ideia de se destinar um espaço para que os jovens (e velhos…menos jovens) possam fazer música, dança, teatro, etc. num exercício de cultura vivida. Esta é uma ideia.

13
. Como encara a ideia da Câmara criar um sistema de bolsas de estudo e outros meios de apoio para permitir a crianças particularmente dotadas dos meios mais desfavoráveis prosseguirem os estudos?

Muito importante apoiar e acompanhar a evolução de jovens talentos. A despesa em educação nunca se pode considerar um gasto, antes um investimento.

14. Assume o compromisso de tornar público todos os estudos mandados fazer pela Câmara com a indicação de quanto lhe custaram e estão dispostos a tornar públicos os salários de todos os seus assessores e dos gestores das empresas municipais?

  1. Acho que a autarquia, ainda que apresente contas auditadas, deveria fornecer informação relevante para os munícipes. As contas darem certas, dão sempre. A qualidade da despesa é outra coisa para além da aritmética. E transparência não significa só apresentar as contas. Significa que se possa aceder a informação suplementar. A estatística e as contas de gerência são formas de nos convencer da verdade da mentira.

    1
    5. Manterá, os mesmos titulares nos cargos de altos dirigentes (Directores) da Câmara?

    16. Quais as vantagens e desvantagens da Criação da Empresa Municipal de Seia, para o Concelho de Seia?

    17. Qual a divida actual da Câmara, quais os encargos assumidos, e se a actual situação servirá de Futuro de desculpa para o resultado do mandato?

    18. Perguntar-lhe se com a resposta á pergunta anterior (17), o Concelho de Seia, pode estar ciente de que é mudar em Segurança?
    A estas últimas questões também eu gostava de conhecer a resposta, para além da aritmética.


 

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Legislativas - um tempo perdido?

(Publicada a 18 de Agosto de 2009)

São conhecidos os candidatos a deputados ao Parlamento e às autarquias pelas diferentes formações políticas, cuja eleição decorrerão a 27 de Setembro e a 11 de Outubro próximos.

Apesar de candidato à autarquia de Seia, a atenção e preocupação devem estar concentradas nas legislativas. Aqui se vai desenvolver um confronto de desfecho obscuro e de instabilidade, independentemente da força que vier a ser mais votada n as eleições. Caso seja o PSD, como vai governar? Caso seja o PS, como vai governar? Os títeres que neste momento conduzem estes partidos não agoiram nada de claro. Manuel Ferreira Sócrates não terá as condições que José Sócrates Leite teve nem Sócrates II terá as condições que Sócrates I teve. As coligações, pré ou pós-eleitorais, não são nem expectáveis nem duradouras, caso venham a ocorrer.

O problema do PS chama-se principalmente José Sócrates. Não havendo maioria absoluta, do que menos se precisa é de uma liderança arrogante e autista. Sócrates pode ser o melhor primeiro-ministro do planeta, mas já deu para perceber que os portugueses não o aceitam, pelo menos não lhe reconhecem o papel de líder. Para além de demasiadas suspeições (Freeport e processo das habilitações académicas), a dureza, a rigidez, a prepotência e o narcisismo tornam-no num indesejado primeiro-ministro. Com um currículo político deste jaez, não é fácil acreditar que ele possa ser mobilizador de consensos. É claro que o PS não se esgota em Sócrates, mas parece que para além dele apenas existe o nada. Não é verdade. Há cinco anos atrás, quando Sócrates se degladiava com Santana Lopes na TV, alguém dizia que estava ali o futuro primeiro-ministro? O PS democrático encontrará novas lideranças. Este melão, que até prometia, rapidamente se tornou azedo e intragável. Não há insubstituíveis e é uma calamidade pensar que os há.

O problema do PSD é a inveja de não ter conseguido, enquanto governo, tomar medidas como algumas que Sócrates veio a tomar. As políticas, aparte alguns arrufos eleitorais como grandes obras, avaliação de professores, justiça, segurança social e outras, são as mesmas de Sócrates. Para corporizar essa semelhança, ressuscitaram Manuela Ferreira Leite que não se importaria de ter o apelido político Sócrates. Quem se lembra da senhora como ministra da educação e dos desempenhos na área do orçamento e finanças compreende facilmente estas parecenças. Não só políticas, mas também da arrogância. Veja-se a forma recente de impor às suas tropas arguidos como António Preto e Helena Lopes da Costa e afastar quem não pensa como ela.

  1. Ninguém acredita que haja um partido de maioria absoluta e poucos o desejam depois de verem Cavaco e Sócrates desperdiçando grandes oportunidades e degenerando em autoritarismos inaceitáveis.
  2. A aritmética dos lugares no parlamento faz maiorias, mas as disponibilidades políticas não fazem maiorias, nem à direita nem à esquerda. Este PS de José Sócrates não está em condições de fazer pontes para o Bloco de Esquerda e/ou para a CDU. A direita não chegará sequer à aritmética da possível maioria. O CDS bem estica o pescoço para ganhar algum apoio ou no PS ou no PSD, mas dificilmente sairá da 5ª posição europeia.
  3. O Bloco Central não é solução nem se deseja que o seja. Com estas lideranças, o bloco central é altamente improvável. Mas afinal, qual a projecção que os partidos do Bloco Central trouxeram a este País, nestas décadas de governos de centro? Criatividade, precisa-se.
  4. Em Outubro, veremos como o Presidente Cavaco Silva joga a bola. Ele sabe que vai ter esse desafio, essa arbitragem. Por isso, já está com os receios da espionagem política que o governo do PS está pretensamente a fazer junto dos seus assessores.
  5. O mais provável é que em 2011 estejamos outra vez em eleições com outros figurantes. Serão estas eleições um tempo perdido em termos de governação?

Governação Colaborativa e Transparência (P3)

A participação pública será essencial no processo de transformação das nossas cidades e vilas (António Câmara, Voando com os pés na terra). Contudo não será por milagre nem muito menos por decreto que essa desejada participação se desenvolverá. Várias razões se podem elencar, desde o descrédito da classe política e dos políticos até á despudorada falta de transparência que campeia nas estruturas políticas e públicas.

A transparência deve ser elevada a pilar da participação. E não basta aos políticos dizerem que serão transparentes nas contas, nos concursos, no provimento de cargos, nas opções tomadas. São necessárias medidas e acções práticas que, respeitadas, põe a salvo o cidadão.

A democracia portuguesa, jovem de um pouco mais de três décadas, atravessa uma crise de representação extrema ainda que haja muitas eleições e referendos. Tem-se consolidado a ideia de que o cidadão apenas intervém de 4 em 4 anos, no momento de se aproximar e introduzir um papel numa caixa negra e aí esgotar a sua participação e os políticos eleitos acham-se arrogantemente no direito de usar a procuração passada para os maiores dislates e atentados contra quem os elegeu. E dali não arreda pé ainda que o eleitor se veja num estertor de morte por não ser aquela a saída que o seu voto desenhara e pretendia. Para agudizar esta separação eleito-eleitor, ainda se impingem soluções que nada têm a ver com o nosso destino, como por exemplo a apresentação a sufrágio de um candidato do Porto a ser cabeça de lista pela Guarda. Porque não ir buscar à Noruega ou às Honduras um primeiro-ministro ou às Filipinas o ministro da Economia?

Como dar a volta a este desafio da Democracia? Provavelmente não precisaremos de leis. Há a certeza de que não são necessárias novas leis.

As decisões das nossas autarquias, Freguesias e Câmaras, são um intrincado campo de poderes que, em regra, passam ao lado da grande maioria dos cidadãos. Este campo é o suporte de todo o poder político de um Estado e mesmo o local onde se encontram os grandes pares. É o ponto de encontro da política e da economia, a elaboração de PDM's e os construtores onde se desenham as maiores vigarices e roubalheiras (palavras do candidato europeu do PS – Vital Moreira) como os casos Liscont, Lusoponte, Freeport, Portucale que faz com que haja ex-políticos muito ricos, políticos que desejam rapidamente ser ex-políticos, autarcas riquíssimos, inexplicavelmente riquíssimos. Também prósperos grupos económicos que deveriam explicar melhor os seus proveitos e ligações e negócios obscuros.

A Democracia tem resposta para isto.

A governação colaborativa é uma resposta, ainda que utópica, a esta dissonância e os projectos para a transparência serão decisivos para facilitar os níveis de confiança do cidadão na governação e eles próprios favorecem o incremento da eficácia governativa

Importa por isso encontrar uma arquitectura de participação que se desenvolva continuadamente e não apenas de 4 em 4 anos.

Organizar uma plataforma electrónica para o mapeamento de necessidades, de problemas e de propostas.

Criação de Base de Dados disponível para pesquisa de todas as despesas e receitas das autarquias, dos contratos e dos contratados, concursos e concorrentes.

Um concelho de pessoas (P2)

A vida de qualquer comunidade tem como farol a qualidade de vida de cada uma dos seus membros e de si própria.

Ninguém concebe nobre qualidade individual numa comunidade doente e ninguém concebe uma comunidade vitalizada com grande parte dos seus membros doentes.

A definição de qualidade carece mesmo de algum consenso.

O curso da vida individual e colectiva não é uma linha recta. Há ocasiões de grande riqueza social há outras em que a depressão e a tristeza parecem tomar conta das nossas vidas. A qualidade de vida de uma comunidade revela-se na capacidade de gerir estas diferentes fases de modo a sustentar-se de forma efectiva nos diferentes momentos. Por isso é essencial destacar que o concelho são as pessoas que exigem uma vida de bem com a vida. A criatividade e o conhecimento produzirão uma sociedade próspera que viva sustentadamente com o ambiente que os seus ancestrais escolheram para viver e que poderá ser atractiva para outras pessoas de outras paragens.

A nossa individualidade projecta-se no colectivo, influencia-o, dinamiza-o, deteriora-o, desrespeita-o, convive com ele e também o destrói.

A vida de cada um de nós impregna a comunidade e comunidade condiciona-nos. A comunidade liga-nos com as vantagens que facilmente se reconhecem.

Do mesmo modo e qual efeito borboleta, a vida da nossa comunidade influencia camadas de intervenção regional, nacional e global. Por isso, fazemos parte da Humanidade.

Há uma missão para cada um de nós e para a nossa comunidade, mesmo quando a vida nos é adversa ora atingida pelo desemprego, pela doença, pela velhice apenas acompanhada da solidão.

A nossa comunidade tem que ter vida, vida de qualidade, para bem da cada um de nós. Por sua vez, cada um de nós, à sua medida, tem que ser activo e talentoso para que a nossa comunidade cresça em prosperidade e ela nos acolha qual mãe que no seu regaço toma o seu filho.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Objectivo essencial da candidatura CDU-Seia (P1)

É objectivo essencial da candidatura da CDU contribuir com liderança para a construção de um concelho de pessoas, um concelho criativo, um concelho próspero, um concelho de conhecimento, um eco-concelho e um concelho ligado.

O concelho de Seia é uma dádiva da natureza que permitiu em épocas passadas a agricultura, a caça e a pesca, a energia hídrica, a indústria têxtil e lanifícios, o pão.

Neste momento, o ambiente já clama a nossa intervenção. São os rios conspurcados e vazadouro de águas residuais não tratadas, atulhados de árvores mortas, divorciados das gentes. Os nossos rios pedem-nos que voltemos para eles. Exigem-nos atenção e eles prometem-nos sustentabilidade. A serra, mãe dos rios, não pede menos. O Concelho até possui uma organização capaz de coordenar toda a atenção ambiental que a situação exige, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela. Estando o concelho de Seia integrado no Parque Nacional Serra da Estrela é incompreensível o estado critico em que se encontram os cursos de água.

A economia da região deverá assentar nas suas pequenas e médias empresas, sendo de fomentar e apoiar o surgimento da eco-economia com projectos ligados à microgeração, às águas, à pesca de rio e albufeiras, ao turismo de natureza mobilizador essencialmente do emprego local, desenvolvimento associado às unidades de formação como Escolas sejam profissional, secundária ou do ensino superior. A educação carece de estratégia regional com maior intervenção colaborativa das autarquias, das empresas e dos cidadãos na sua definição. As escolas são fundamentais para a organização da sociedade e para o desenvolvimento sustentado. O caminho para as escolas deve ser mais direccionado para a formação de empreendedores do que para empregados.

Não é possível passar ao lado das novas tecnologias de informação como um meio ou ferramenta para se conseguir uma aproximação entre as pessoas, entre a governação e os cidadãos. A participação cívica, a transparência e a governação colaborativa passam muito pela forma como usarmos estas novas ferramentas. As autarquias devem constituir-se parceiras das escolas no sentido do acesso e da formação necessária para um desempenho de cidadania a este nível. Não podemos considerar apenas com as estradas para aproximar as pessoas. Estas novas vias são incontornáveis para a prosperidade das populações.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Que confusão!

(Hoje não é sobre Seia)

Estava a fazer um esforço para não intervir durante a campanha a partir deste blogue. Hoje foi um daqueles dias em que algo muito sensível mexe connosco. Dei por mim a lamuriar-me, Ai, António, António, onde te vais meter?

Hoje foi um dia de trabalho profissional, varrida pelas notícias que chegam da espelunca política com a questão das escutas e não só.

Sabemos que José Sócrates pode estar a dizer a maior das verdades, mas será sempre visto e ouvido com desconfiança. A antítese de Obama, que pode estar a dizer a maior besteira e nós acreditamos nele. Por enquanto, pelo menos. Oxalá que por muito tempo.

Cavaco Silva, o presidente da direita que alguém achou como o complemento mais que perfeito de Sócrates, revela-se cada dia com mais clareza que não merece a confiança de quem ama a liberdade.

Cruzando com a América, os Estados Unidos, e considerarmos o esmagador escrutínio feito sobre Obama e, por exemplo, sobre a juíza Sottomayor para chegar ao Supremo Tribunal, e transportarmos para Portugal, Sócrates e Cavaco nunca seriam Presidente e Primeiro-Ministro. Bastariam os ingredientes das acções da SLN fora do mercado de acções para um e a licenciatura para o outro para serem descartados. Não seria necessário o despacho judicial para que politicamente fossem considerados produtos impróprios para consumo.

Acrescente-se a esta nota a forma como o juiz Rui Teixeira (caso Casa Pia e Paulo Pedroso) está a ser profissionalmente gozado por três juízes indigitados pelo PS para o Conselho Superior de Magistratura. Que perigosas ligações!

Ai, António, António Abrantes onde te vais meter?

Tenho a sensação que começou a campanha eleitoral para a Presidência da República e Alegre começa a aquecer os motores, com uma vitória do PS nas legislativas, uma derrota adiada de Sócrates que fenecerá dentro de meses esmagado pela conjuntura e pelas conjunções. Dar a volta a Cavaco não é possível sem o PS, mas só é possível sem Sócrates. Manuela Leite também a leste…nunca sabe nada.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Concessão de estradas e amigos políticos

Ao ler o o blogue de Mário Jorge Branquinho, que muito prezo, a propósito de o Governo de José Sócrates ser amigo de Seia, assalta-me a ideia que de modo recorrente é apresentada de as forças políticas, que têm governado este País, desejarem tudo colorido da mesma cor. Diz-se que há toda a vantagem de a Câmara ser do partido do governo, de a junta de freguesia ser da família que lidera a Câmara, de a direcção do clube ou da IPSS ser da cor autárquica, de o director da instituição pública ter o cartão político bom.

Esta lógica é reflexo da subserviência intelectual, económica, social, etc em relação ao Poder. Este tipo de raciocínios encontramo-los em regimes ditatoriais, sejam de cor azul ou amarela. Não é própria de povos de gente inteligente e livre e para os quais a equidade é um valor intrínseco da Democracia.

Muitos querem vender a ideia de que a construção do Hospital de Seia se deve a este, que a Variante de Seia se deve aquele, que as estradas que agora são prometidas se devem àqueles. Parece que a política é um jogo de amigos. Francamente, acho que não devemos nada a ninguém. Ou esta é a forma de como se vê a política e a forma como se vê o exercício do poder. Apesar disto, é uma realidade. A política funciona assim. Mas não deve.

Não quero aceitar que o despacho do lançamento da concessão das estradas da Serra da Estrela seja motivo para estarmos gratos e ajoelhados sob os senhores da governança.

Será que as populações da linha Arrifana – São Martinho têm que agradecer o asfaltamento da estrada feita recentemente por especial favor da Câmara ou devem vociferar pelos anos de esquecimento? Em relação aos governos deste País devemos bajulá-los por ter agora despachado ou devemos lembrá-los de décadas de esquecimento e de atrasos?

Claro que isto depende do ponto de vista que queremos assumir. Se formos adeptos deste governo do PS talvez encontremos aqui matéria para exultar. Se não, talvez devamos dizer só agora é que se lembram de nós. Quem devemos responsabilizar pelo nosso atraso estrutural ou das condições não criadas?

Seia, tal como os outros concelhos deve ser reivindicativa, organizar o lobbying de uma forma participada e sustentada entre a sua comunidade, residente ou não e exercer a pressão necessária para que o concelho seja tratado em igualdade com os demais. O mesmo se deve passar em relação às freguesias nas suas relações com a Câmara Municipal.

Sem entrar na fanfarra dos tambores, reconheço que o passo dado pelo despacho 19868-A/2009 de 31 de Agosto é uma deixa que de modo algum se deva esquecer por um dia que seja.

Não chegámos a lado nenhum, mas pode ser o princípio atrasado de alguma coisa importante. É altura de Seia começar a pensar no seu futuro, nas suas aldeias, vilas e cidade e nas Pessoas. Este futuro não pode ter senão um desenho colectivo, de participação e de empenhamento.


 


 

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FESTA CONVÍVIO CDU

É já no próximo sábado, na Senhora do Desterro- São Romão, o lançamento da campanha eleitoral para as autárquicas 2009.
Confirma a tua presença e a dos teus amigos.

domingo, 6 de setembro de 2009

sábado, 5 de setembro de 2009

Ele há coisas fantásticas - Seia nas bocas do mundo

A inauguração (…) do Hospital de Seia ocorreu há dias, mas tinha sido preparada há muito tempo. Recordo-me de estar eu nas urgências dos HUC (Coimbra), doente, nos primeiros dias de Julho e por lá ouvir abundamente a anedota que teriam sido pedidas emprestadas as camas para a inauguração que poderia ocorrer naquela altura. Ri-me do absurdo da situação, como em outros casos me ri, como a situação de pedir um morto para inaugurar cemitério…

A agenda eleitoral é sempre feita em cima do joelho e, pelo menos na rua, constou que a Ministra da Saúde poderia aparecer em qualquer momento, por aqui para a festança.

No dia da inauguração, 31 de Agosto, televi caras conhecidas durante a visita inaugurante. Também não vi muita gente, como os profissionais da casa, conheço muitos, que provavelmente não revelaram entusiasmo suficiente que merecesse a atenção da senhora Ministra, dos autarcas e das estações de televisão. Não os vi.

Hoje, sábado, chegado a casa após um estafante viagem, os meus olhos foram brindados com imagens e os meus ouvidos tocados pela contundente intervenção que Francisco Louçã (Bloco de Esquerda) produzira nos Açores e em que o Hospital de Seia e as camas eram tema de paródia. E eu que pensara que o episódio de Julho era mesmo só anedota…

Vejamos o vídeo desta estória contada pela TVI24.

Mas Seia arranjou logo dez culpados: a Guarda, o fornecedor, a referência, o engano, o Girão, a mentira, a anedota, a ministra que acha que o que diz sobre Seia e a Guarda raramente é verdadeiro, a cabala, o que não está em Seia,…

O despudor é uma coisa fantástica, não é?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PROVERE

Sem sair de casa, calcorreei os gabinetes da CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro), vasculhei os dossiers do Mais Centro à procura do Município de Seia. Nos meus avanços e recuos, pesquisei na imprensa online referências a projectos referentes a Seia, no âmbito do PROVERE (Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos) que tem uma pipa de massa para financiar projectos, públicos ou privados.

Dei-me a esta viagem, na sequência da consulta do Anuário Financeiro em que recordei a posição delicada das contas do Município de Seia, pelo menos no que diz respeito à execução de 2007.

Qual a justificação para esta viagem?

A dívida do município era de cerca de 48 milhões de euros. É pouco ou muito? Se a dívida fosse minha ou da junta de freguesia de Vila Cova, diria que era inimaginável. Se fosse a dívida do Real Madrid ou do Benfica, seria muito satisfatória e suportável. Sendo de Seia, da Câmara, qual a sua ordem de grandeza? É aceitável? É asfixiante? Suponho, e oxalá esteja errado, que deve ser vista como assustadora, se tivermos em conta a liquidez negativa de 15 milhões de euros.

Claro que não há ninguém responsável pela dívida, em termos pessoais ou em perigo de ver o seu património penhorado. A responsabilidade política é de alguém, mas essa é uma prostituta, sem ofensa.

Ora, todos sabemos que quem não tem cão, caça com gato.

Pensei que os gestores do Município tivessem carregado os seus esforços e procurassem financiamentos no QREN, através de candidaturas, suportando projectos estruturantes para o concelho.

Ora, tirando uma participação num projecto vago reportado em termos de opinião no jornal Porta da Estrela, não encontrei nada.

Espero que tenha sido só isso, que eu não encontrei, mas que existam candidaturas efectivas, porque será uma pena perder tamanha oportunidade para o desenvolvimento de um concelho que está pasmado e mergulhado em problemas e em decadência económica e social nas palavras nas palavras do caro concidadão Dr. Alcides Henriques que só a capacidade camaleónica e a irresponsabilidade podem disfarçar.


 

Repavimentação de Avenidas em Seia

Segundo a imprensa local, estão a ser gastos (pagos?) 150 mil euros, 30 mil contos dos antigos, na repavimentação da Avenida 1º de Maio, na cidade sede do Concelho. Esta verba é o equivalente a quase 330 salários mínimos nacionais o que daria para pagar o vencimento anual de cerca de 23 trabalhadores, pagando 14 vencimentos.
O que poderia fazer um grupo de 20 trabalhadores, num ano? (Pagando mais que o salário mínimo, daria para menos trabalhadores)
Daria para limpar o percurso concelhio do Rio Alva? Daria para fazer a limpeza de 1000 hectares de matas? Daria para fazer o quê?
A repavimentação seria uma necessidade? Quantos anos tinha o pavimento agora reformado? Qual o retorno deste investimento para além de não sei quantos votos? Ou dará prejuízo
Entrando em má língua...Desde quando está programada esta intervenção? Em que sessão de Câmara ela foi decidida? Se os 150 mil euros eram mesmo para repavimentação, não havia outros locais do concelho onde seria mais necessária a intervenção?
Desta verba gasta, que fracção entra na economia do Concelho?
Por favor não me venham com uma treta de justificação diferente de calendário eleitoral. 150 mil euros saõ irrelevantes? Se a Câmara, o seu Presidente, os seus Vice-Presidentes e Vereadores acham que é irrelevante, então o problema do Concelho é mesmo muito sério.
Isto não é ser contra o progresso, é ser contra uma certa forma de fazer política e de valer tudo para perpetuar o poder sob caprichos de calendário eleitoral. Também náo é aceitável que me venham com o chavão da demagogia. Demagogia é exibir uma ostentação de rica autarquia quando há uma ambiebte de crise e uma dívida asfixiante. Isto é assobiar para o lado.
Vale a pena continuar a escolher este Partido e estas pessoas para continua, cantando e rindo, a (des)governar o concelho desta maneira?