sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ambiente – Reabilitação Urbana - Emprego

Há dias, em visita à Junta de uma das maiores freguesias do Concelho, perguntei se existia algum mapeamento ou inventário das casas abandonadas, criando lixo ambiental, na malha urbana da localidade e ainda a identificação de propriedade. Foi-me dito que não.

Há dias, na apresentação do programa Finicia, no CISE - SEIA, o empreendedor que é o rosto do projecto das Casas da Lapa (dos Dinheiros) chamava à atenção para a menos-valia que umas casas abandonadas ali bem perto das meninas dos seus olhos, representavam.

O Concelho de Seia, bem na linha do que acontece por todo o País, não precisa de novas construções de habitação.

A reabilitação urbana deve ser assumida como um PILAR de governação e da economia regional. Pode e deve ser encarada por diversos pontos de vista que se podem enumerar:

  • É uma exigência da qualidade ambiental que se deseja;
  • É um meio de combater o núcleo dos grandes negócios menos claros da construção de habitação e da especulação imobiliária
  • Tem um efeito multiplicador nas áreas do emprego e na redução de custos da habitação e na reactivação do mercado do arrendamento.

Quem percorre cidades por esse mundo fora rapidamente se dá conta que não abundam as construções novas na habitação ou escritórios ou serviços, sendo clara a aposta na recuperação e na modernização de edifícios.

Quem percorre as aldeias, as vilas e cidades portuguesas depara, com frequência superior ao desejado, com casas a cair aos bocados ou abandonados sendo abrigo de ratos ou centro de actividades degradantes.

A legislação está a mudar. Ainda ontem foi conhecida a posição do Tribunal Constitucional se pronunciou pela constitucionalidade e da nova lei que regulamenta a reabilitação urbana. Há benefícios fiscais significativos. Faltam apenas engenho, sabedoria e dinheiro para levantar um projecto envolvente e globalizante para o concelho e para cada uma das localidades.

A Reabilitação Urbana é um caminho para a recuperação da alma do cidadão. Sem dúvida uma área nuclear de intervenção das autarquias, das empresas, dos criadores e dos criativos. Uma reincarnação, um back to basis com evidentes reflexos no futuro.

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