segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Imagens curtas de uma campanha

Por Loriga, fomos sabendo da razão de o nosso amado Serviço Nacional de Saúde ser considerado por uma organização sueca como um dos piores de um conjunto de uma trintena de países. Pergunta essencial: Como se chega a um médico de família?
Pela Cabeça, vimos o que é a falta de competência das empresas às quais se adjudicam obras. Os prazos e ritmos da exwecução e o pesadelo das populações são terceiro-mundistas. De quem é a culpa?
Por S. Romão, levanta-se a questão de toda a verdade. Dar conta de estudos sobre estudos para requalificações que apenas se vão requalificando nos papéis. A promiscuidade associações -poder. Apoios não são necessariamente promíscuos.
Por Torroselo, como é que o partido do poder autárquico apoia um invertebrado politico  a tornar-se assim uma coisa parecida à ética isaltina ou valentina. Salve-se a escala. O que interessa é ganhar!
Por Sandomil. como podem as pessoas e o rio olhar apenas para aquele fantástico recanto, sem saber o que se passa a montante?
Pela Corgas, vimos uma estrada escavacada, embora em obras. Estaremos para ver dentro de quantos meses estarão concluídas.
No retorno, um exemplo do que são as acessibililidades internas. Sandomil - Torrozelo, algum betuminoso de restos doutros avenidas lembram que muito recentemente ali estava um buraco. Salvé, betuminoso eleitoral. Só isso, Claro, para Sandomil basta que a força do emprego municipalizado continue a funcionar. Os votos estão garantidos. A Catraia de São Romão, a catraia, anos e anos esquecida, está a trasformar-se numa avenida, mas muito cuidado com aquelas bermas.Senhor automobilista, muito cuidado. Com aquela configuração de levada de água, o seu carro não ficará sem uns fortes arranhões, caso o deixe descair.
Por Vodra entrámos, passando pelo nóvel tapete até São Martinho, estrada dos mil e um palavrões, mas que agora parece coisa fina, oi, mas, pois é, o dunheiro não deu para chegar ao fim da linha.
De Santa Marinha para Pinhanços, mudámos de concelho, sim, aquilo deve ser de outro concelho, Tão vergonhosa está aquela ligação que não pode ser de Seia. Nós agora só temos coisas boas. Deve ter-se autonomizado, para não receber nada ou então ali não há eleições.
Santa Comba, uma boa casa, onde bati com o meu carro num anel de betão cincundante de uma árvore. De dentro do carro, vê-se a árvore, não se vê o anel. Bom espaço e boa animação.
Uma coisa ressalta destas passagens. Tirando um escasso número de localidades, os nossos lugares de paisagens naturais, algumas delas com vasto património,  deixam escapar o cheiro de uma morte anunciada. O envelhecimento é uma inevitabilidade, pelo menos nas pessoas, mas e os lugares, não podemos fazer nada? A nossa alma beirã também passa por aqui.
Por uns lados, encontrámos gente aberta e conversadora, sem ligarem se são do partido A ou X, noutros gente reservada como que diz que nada temos a ver com o que eles pensam, ou o meu voto já tem dono.
Vi máquinas partidárias, cheias de gentes de outras paragens, numa demonstração da força do sermos muitos, que não da argumentação. Não digo que não tenham argumentos, mas esta campanha acabou. Chegou a altura da contagem de espingardas.

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