segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Primeiro rescaldo

Como escrevi recentemente e parafraseando um conhecido bloguista, ser do clube que sou faz-me lutar pela vitória e a derrota não me mete medo.
Quem melhor me conhece, sabe que não viro a cara à luta, não me importando muito se vou ganhar ou perder.
Na linguagem aritmética, nesta noite sou perdedor, consegui uns míseros 5,66%. Muito fraco. Nota negativa, sem dúvida.
Calma aí que eu já me transformo num vencedor! À político...
O que é se considera vencer nesta luta?
Se fosse candidato do PS, mesmo com o meu pacato programa, corria o risco de ganhar. Se vestisse a camisola do PSD, pelo menos o segundo lugar não me escaparia.
Corri com a camisola da CDU, um pequeno partido, de poucos eleitores, mas com gente com uma alma grande, grande mesmo.
Apresentámos ideias, conseguimos influenciar a campanha contribuindo com pontos de vista novos sobre problemas velhos. Dignificámos a discussão e o debate. Esta foi a nossa vitória. E deixem-me tomar alguma presunção. Acredito que a aceitação das pessoas foi bem superior ao que os números finais traduzem. A bipolarização trucidou-nos e as pessoas,legitimamente, colocaram a questão da escolha do Presidente bem acima da discussão de projectos. Uns com a vontade enorme de ganhar, outros com a vontade imensa de manter a posição. Aqui é que acho a candidatura CDU teve a sua vitória. Num campo de luta tão encarniçada entre dois gigantes, a CDU sobreviveu, mostrou argumentos. E orgulhosamente, termino dizendo que não é com este poderio de números que me fazem pensar Seia de modo diferente daquele que defendi durante a campanha. Gosto de números, mas gosto mais de ideias.
Obrigado aos 918 resistentes.

1 comentário:

Eduardo disse...

Boa tarde

Concordo que se estivesse a ser apoiado por PSD ou PS poderia ter melhores resultados, mas sinceramente não acredito que atingisse um número de votos assinalável.

Não quero com isto dizer que não tem as mesmas capacidades dos outros candidatos, mas nos dias que correm em Seia é preciso é uma pessoa ser conhecida no meio politico e para muitos senenses o sr caiu um pouco de paraquedas no meio politico, ainda por cima fez sempre questão de referir ( em demasia ) que era candidato independente.

Daqui a 4 anos caso se volte a recandidatar acredito que os resultados poderão ser um pouco melhores.

Aproveito a oportunidade para dar os parabéns ao Joel que apesar de derrotado é o exemplo máximo que 60 a 80 % dos eleitores votam na pessoa e que os restantes 20% é que votam no partido.. ( a CDU é muito pequena )

Com os melhores cumprimentos

Eduardo Amaral
www.eduardoamaral.com