sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Para a despedida desta campanha

Preparo-me para me integrar na última acção de campanha, na última manifestação, numa demonstração de poderio. Uma caravana que procurará impressionar o eleitor para a quantidade de carros, num atentado contra o ambiente, carros e mais carros, barulho e mais barulho. Depois, bom depois, seguem-se umas febras no Centro de Trabalho de um dos partidos da coligação CDU. Tenho convite do meu amigo Luís Caetano, em termos pessoais e amigos, que outra coisa não seria de esperar, para beber um copo com ele, depois. Talvez o faça, se o tempo e as circunstâncias o proporcionarem. Se o fizer, que não se faça qualquer tipo de leitura que não seja o encontro de dois amigos. Eu, pessoalmente, não tenho dúvidas que Luís Caetano, Filipe Camelo e eu temos a mesma grande vontade de bem servir. Certamente, escolhemos caminhos diferentes. Se assim não fosse, não tinha sentido estarmos em campos diferentes. Depois, bom depois...
Comecei o meu último dia de campanha na companhia dos meus alunos e com o desejo formulado por alguns deles de boa sorte, o que sensibiliza. Estes alunos não votam. Senti, solitariamente, como o dia 11 pode ser importante para o desenho do futuro destes jovens e só posso desejar que os autarcas que venham a ser eleitos tenham sempre presente que vão ser responsáveis pela herança que vamos deixar.
Disse eu a alguns destes alunos que esperava vê-los, dentro de alguns anos, a baterem-se por estes lugares que agora estão em disputa, num sinal claro de que o futuro está na criatividade irreverente e responsável destas raparigas e destes rapazes.
Com a minha candidatura, espero escancarar as portas da participação efectiva, real. Actualmente há essa possibilidade, mas é só isso, possibilidade. Só quem não quer ver é que pode dizer que a participação é vivida.
Outros colegas me desejaram boa sorte. Se me pedissem agora para dizer o que é isso da boa sorte também teria dificuldades em fazê-lo.
Independemente do resultado, acho que já foi bastante importante a minha participação. Acho que consegui passar a mensagem que ainda existe alguém que sonha com outra forma de fazer política, para além do betão ou do que se diz modernamente da política do hardware, Está na altura de passarmos a políticas, quiçá mais modestas, mas que entram dentro do que é mais intenso, no homem e na sua relação com os mundos, uma política de software em que pequenos programas podem fazer grandes coisas, o efeito borboleta.
Até breve.

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