quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PROVERE

Sem sair de casa, calcorreei os gabinetes da CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro), vasculhei os dossiers do Mais Centro à procura do Município de Seia. Nos meus avanços e recuos, pesquisei na imprensa online referências a projectos referentes a Seia, no âmbito do PROVERE (Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos) que tem uma pipa de massa para financiar projectos, públicos ou privados.

Dei-me a esta viagem, na sequência da consulta do Anuário Financeiro em que recordei a posição delicada das contas do Município de Seia, pelo menos no que diz respeito à execução de 2007.

Qual a justificação para esta viagem?

A dívida do município era de cerca de 48 milhões de euros. É pouco ou muito? Se a dívida fosse minha ou da junta de freguesia de Vila Cova, diria que era inimaginável. Se fosse a dívida do Real Madrid ou do Benfica, seria muito satisfatória e suportável. Sendo de Seia, da Câmara, qual a sua ordem de grandeza? É aceitável? É asfixiante? Suponho, e oxalá esteja errado, que deve ser vista como assustadora, se tivermos em conta a liquidez negativa de 15 milhões de euros.

Claro que não há ninguém responsável pela dívida, em termos pessoais ou em perigo de ver o seu património penhorado. A responsabilidade política é de alguém, mas essa é uma prostituta, sem ofensa.

Ora, todos sabemos que quem não tem cão, caça com gato.

Pensei que os gestores do Município tivessem carregado os seus esforços e procurassem financiamentos no QREN, através de candidaturas, suportando projectos estruturantes para o concelho.

Ora, tirando uma participação num projecto vago reportado em termos de opinião no jornal Porta da Estrela, não encontrei nada.

Espero que tenha sido só isso, que eu não encontrei, mas que existam candidaturas efectivas, porque será uma pena perder tamanha oportunidade para o desenvolvimento de um concelho que está pasmado e mergulhado em problemas e em decadência económica e social nas palavras nas palavras do caro concidadão Dr. Alcides Henriques que só a capacidade camaleónica e a irresponsabilidade podem disfarçar.


 

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